A Assembleia Municipal de Braga aprovou por unanimidade, na passada sexta-feira, uma recomendação à câmara no sentido de aderir ao "Pacto dos autarcas - compromisso para as energias sustentáveis locais".
Apresentada por Manuel Beninger, do PPM, a proposta defende que o município deve "juntar-se às nove câmaras municipais portuguesas que já subscreveram aquele compromisso, proposto pela União Europeia".
O eleito do PPM recordou, na última sessão da Assembleia Municipal, que, "em Braga, este pacto foi recusado alegando-se que já se têm vindo a desenvolver alguns procedimentos da redução de CO2 através da utilização de outro tipo de lâmpadas na iluminação pública, a utilização do gás natural nos transportes urbanos e algumas modificações nos aparelhos de climatização das escolas".
Ora, na opinião de Manuel Beninger, "apesar de bem intencionadas", aquelas medidas "não são suficientes".
O "Pacto dos autarcas" foi assinado por 630 presidentes de câmara europeus, que se comprometeram a reduzir a factura energética das suas cidades em 20 por cento até 2020.
Na última sessão da Assembleia, Manuel Beninger sugeriu a criação de uma comissão que, através de protocolos e parcerias com outras entidades, estabeleça planos de actuação contra a pobreza.
A proposta do eleito do PPM baixou à comissão de assuntos sociais da Assembleia Municipal, por sugestão do presidente deste órgão, António Braga, e depois de a bancada do PS ter considerado precipitada a criação de uma comissão eventual, atendendo à revisão próxima do regimento do plenário concelhio.
Segundo Manuel Beninger, "há que ter coragem política para ajudar a alterar" a realidade do concelho.
Nesse sentido, a Câmara deve associar-se a instituições como o Banco Alimentar, Santa Casa da Misericórdia, Cruz Vermelha, Igreja, entre outras.
A CDU absteve-se na votação da proposta, já que, como salientou Raúl Peixoto, o combate à pobreza não se faz estendendo a mão à caridade, mas sim com políticas efectivas.