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Manuel Beninger

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Assembleia Municipal - Plenário: Situação da Segurança, Protecção Civil e combate a Incêndios

Situação da Segurança, Protecção Civil e combate a Incêndios

no Concelho de Braga

O porquê do P.P.M. ter subscrito o requerimento para esta Assembleia Municipal Extraordinária, prende-se com a gravidade e premência da segurança de pessoas e bens no que diz respeito à protecção civil e ao combate a incêndios, entrecruzada com razões originárias e particulares do urbanismo de Braga.

Depois de várias audições promovidas pelos partidos signatários do pedido de realização da Assembleia Municipal Extraordinária e de serem ouvidas várias entidades intervenientes na segurança e protecção da nossa cidade, constatou-se algumas vulnerabilidades na Segurança, Protecção Civil e combate a incêndios no Concelho de Braga, que passamos a destacar:

1 - O número de bombeiros municipais é insuficiente para a protecção da cidade e do concelho. Independentemente de algumas soluções que a Câmara aponta para a resolução deste problema, como o reforço de número de bombeiros, continuará a haver, mesmo assim, um défice destes.

2 - As características demográficas do Concelho de Braga são elevadas e extensas, o que obriga a um maior esforço por parte de quem socorre.

3 - A malha do tecido industrial do Concelho de Braga é dispersa, sendo por isso mais uma dificuldade acrescida.

4 - A centralização do local onde se encontra as instalações do quartel dos bombeiros municipais dificulta a urgência das repostas necessárias, devido à quantidade de tráfego humano e automóvel que tem que transpor.

5 - As actuais instalações dos Bombeiros Municipais estão obsoletas e pouco versáteis para as performances exigidas.

6 - Há zonas no centro da cidade e periferia que não tem marcos de água, nem marcos de água próximos, como é o caso da zona envolvente à Macro, onde os bombeiros se socorrem, quando necessário, dos marcos de água privados da superfície comercial.

7 - Há marcos de água na cidade e periferia vandalizados, como na Praça das Fontainhas, S. Vicente.

8 - Há marcos de água, na cidade e na periferia, que não têm pressão suficiente para abastecer convenientemente os auto-tanques.

9 - As bocas-de-incêndio em todo o Concelho de Braga têm 6 ou 7 modelos diferentes, o que dificulta a rápida intervenção por parte dos bombeiros, devido à excessiva quantidade de chaves a transportar e a escolher para abrir as respectivas bocas-de-incêndio.

10 - Ainda no que diz respeito a equipamento, é importante referir que não existe no Concelho equipamento imprescindível à acção dos bombeiros, como são as plataformas e auto-escadas capazes de satisfazer as necessidades específicas do puzzle urbano.

- E como estes pontos, outros se acrescentariam.

Estamos conscientes que a C.M.B. quererá fazer melhor pela Protecção Civil, estando o P.P.M. sempre disponível para o diálogo e contribuição.

Assim, e mesmo antes de terminarmos esta intervenção, gostaríamos de deixar algumas sugestões para a unificação das soluções necessárias e urgentes relativamente à segurança e protecção da nossa cidade:

1 - A Câmara Municipal deveria aumentar o número de efectivos nos bombeiros municipais.

2 - Pensamos que será necessário a descentralização da sede dos bombeiros municipais e criar um outro pólo de bombeiros municipais num outro ponto da cidade de Braga, que deverá ser estudado convenientemente.

3 - A Câmara Municipal de Braga deverá fazer a revisão de todas as bocas-de-incêndio, para que quando os bombeiros assim as necessitam, saberem que estão activas e operacionais.

4 - Deverá ser revista todas as bocas-de-incêndio no que diz respeito à sua pressão.

5 - Deverá haver uma unificação estrutural dos marcos de água para um maior reconhecimento e eficácia das acções dos bombeiros. Para o futuro, a CMB deveria adoptar um só tipo de modelo.

6 - Para a grande quantidade de edificações na cidade com elevada altura, só uma plataforma elevatória de 42 metros nos poderá dar alguma tranquilidade na prestação de socorro a pessoas e bens.

A Câmara Municipal deverá ter a sensibilidade de atribuir prioridades nos seus investimentos. Sendo este sector um deles.

Não devemos enterrar a cabeça na areia. Os problemas com a protecção civil são reais e candentes, e que urge resolver com a maior urgência, para o bem de todos.

Manuel Beninger

Grupo Municipal do P.P.M. na Assembleia Municipal de Braga