Centenas de pessoas marcaram presença, anteontem à noite, em mais um jantar de angariação de fundos a favor da cobertura do Santuário do Sameiro, um dos expoentes do turismo religioso da região. A iniciativa, que se vem realizando todos os meses, tem por objetivo custear a intervenção em curso, orçada em cerca de 550 mil euros, um montante que a Confraria não dispõe.
Desta feita, a iniciativa foi promovida em conjunto com defensores da Causa Real, que conseguiram um elevado número de presenças, mas onde a D. Duarte Nuno não participou, por motivos de saúde de um familiar, tal como o vice-presidente da Câmara Vítor Sousa.
Na ocasião, foram também feitas diversas doações e leiloados vários quadros e obras de arte, que renderam alguns milhares de euros para as obras e cujo montante final será apresentado durante a semana. O repasto decorreu no espaço “Varandas do Sameiro”, cedido por José Vieira, com vinhos do “Solar do Louredo”, e com um brilhante acompanhamento musical.
Em nome da organização, o causídico Luís Rufo destacou a importância e o simbolismo do Sameiro para toda a região, considerando que «as obras são absolutamente prementes, pois as infiltrações estão já a danificar tetos e obras de arte». No mesmo sentido, o Vigário-geral Cónego José Paulo Abreu deu conta que «já foi feita uma intervenção no Zimbório e que a reparação dos telhados vai continuar, contando com a solidariedade de todos».
Até ao mês passado, as iniciativas de apoio tinham conseguido recolher 37.500 euros, devendo esta semana ter ultrapassado já os 50 mil euros, o que sendo menos de um décimo do necessário, não deixa de significar que as pessoas continuam dispostas a apoiar esta nobre causa.
Na ocasião, D. Jorge Ortiga manifestou a sua «plena confiança de que o dinamismo da Confraria levará as obras a bom porto», realçando a importância de zelar por este património religioso que é de todos, da região e do país.
Questionado sobre se entendia que o país retribuía ao Sameiro aquilo que este faz pelo turismo religioso da região, D. Jorge Ortiga considerou «que tem havido alguma colaboração» por parte das entidades oficiais, no «magnífico trabalho que está a ser desenvolvido no Sameiro e no Bom Jesus», mas «parece que o país ainda não descobriu o valor das suas maiores jóias que estão fora de Lisboa».
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