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Manuel Beninger

segunda-feira, 2 de abril de 2012

“As tradições não podem cair no esquecimento” - S.A.R. a Senhora Dona Isabel de Bragança

Revista "SIM Minho" de 1 de Abril, pág 26
No dia em que foi entronizada confrade da Confraria do Pão-de-ló, D. Isabel de Herédia falou da importância de preservação das tradições e no trabalho que em casa real desenvolve nesse sentido.

Como recebeu a notícia que ia ser distinguida pela Confraria do Pão-de-Ló?
Há algum tempo, perguntaram-me aqui em Guimarães se gostaria de entrar na confraria. E eu, como apreciadora de pão-de-ló, aceitei logo. Para mim, é um orgulho estar aqui.
A família real é presença habitual neste tipo de iniciativa. Porquê?
Estes produtos fazem parte da alma portuguesa. As confrarias têm um papel principal na preservação do que é português e dos valores portugueses. Temos o património cultural e temos também o gastronómico. Todos juntos é que fazem o que é ser português. Estas iniciativas são de louvar e todas as pessoas que lutam para preservar as tradições merecem o nosso reconhecimento. Por vezes, há pessoas que não percebem todo o trabalho que é feito pelas confrarias, mas há muitas que reconhece e compreende que só assim as tradições se vão manter.
Tanto a D. Isabel como D. Duarte estão envolvidos em muitas ações deste género. Quer dar alguns exemplos?
Nós apoiamos várias e tudo o que é promover Portugal no Mundo e mesmo cá dentro tem sido o nosso trabalho, meu e do meu marido [D. Duarte Pio]. O meu marido defende sempre a história e a cultura portuguesas; muitas vezes, é um pouco incompreendido. E não é só nestes assuntos. Veja o exemplo da Expo e do euro 2004: ele sempre alertou que se estava a gastar demais. As pessoas criticaram mas agora começam a dar razão. Nós trabalhamos bastante, mas talvez não seja tão visto quanto isso.
Mas sente que a casa real é reconhecida?
Eu penso que o povo percebe que está ali uma família que os defende, disso não tenho dúvidas. Há pessoas que não concordam… Penso que o que é importante é que nós temos que nos juntar todos e tentar ajudar Portugal e os portugueses a sair da crise.
Como acha que os portugueses veriam o regresso da monarquia?
Depende como entenderem. Há pessoas que sabem e que olham para vários países e percebem que são países mais evoluídos. Não é que não tenham crise, mas têm outra estabilidade. Outras pessoas vão um pouco pelas revistas cor-de-rosa e pensam que vivemos num mundo de fantasia… Eu acho que o nosso trabalho, nomeadamente do meu marido, é defender Portugal, as nossas tradições e costumes. Nesta altura, não pensamos muito na questão do regresso da monarquia; tentamos perceber como ajudar os portugueses a despertar para algo melhor.

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