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Manuel Beninger

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Regabofe de Ajustamentos


Nota Prévia 
Para um blog de autoria anónima e relacionado com uma figura da Semana Santa: o artigo de opinião publicado ontem no Diário do Minho a respeito das máquinas começadas por "P" é de inegável pertinência e actualidade. Assim como outros assuntos relacionados com luvas, ou outros "adereços", e que são abordados de forma superficial na dita publicação quaresmal, por opção editorial do anónimo autor que obviamente respeitamos. 
Portanto, nada de espantar que hajam um, ou mais, cidadãos atentos a escrever artigos versando aprofundar estas importantes temáticas, enquanto outros entendem versar superficialmente ou nem sequer versar. E por conta de um sincronismo de opinião entre dois opinantes não se pode daí aferir que um esteja a plagiar o outro.

Agora vamos ao assunto que nos trouxe cá
A edição de hoje do Diário do Minho antecipa desde já a aprovação em Reunião de Câmara de uns quantos ajustes directos, dois dos quais consideramos serem merecedores de atenção:
O primeiro vem no seguimento da cada vez maior preocupação com todo o rocambolesco processo de privatização do estacionamento público à superfície. 
Pois bem, o Município prepara-se para desembolsar 20 mil Euros em benefício da Braga Parques, por conta de um contrato de "aquisição de serviços de aparcamento das viaturas a remover durante o ano de 2013". 
Para quem não sabe, os veículos em transgressão de estacionamento e sujeitos a reboque na cidade de Braga são depositados num parque de estacionamento privado, pertença da Braga Parques. É verdade que em adição à coima, o automobilista é forçado a custear também as despesas do também forçado aparcamento, como quem diz: "não quiseste estacionar o carro no Parque, agora toma!". 
Mas porque carga de água os veículos rebocados têm de ser depositados num parque de estacionamento privado e porque tem o Município de Braga de antecipar uma verba ao dono desse parque?
Depois, temos a adjudicação por 40.560 euros dos serviços de segurança no Mercado Municipal, à mesma empresa que presta o serviço de segurança de recinto desportivo no novo Estádio Municipal. O qual, recordamos, o Município arrendou por 30 anos com proveitos de 180 mil Euros e encargos superiores a 12 milhões. Um contrato peculiar em que o senhorio tem custos e o inquilino tem lucros.

A família reinante de Braga deve ter em atenção a velha máxima romana: "à mulher de César não basta ser séria, tem que parecer também". Neste caso parece não se verificar nem uma, nem outra.
P.S.: Não é só organizar feiras romanas, deve-se também aprender algo com esta civilização que tanto legado deixou nesta cidade.

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