“A regra oculta do sistema:
Antes de sair, cada presidente consegue que o partido
a que está ligado assuma o Poder”.
Pecado Original – O choque institucional entre Belém e S. Bento, de Pedro Santana Lopes
Sinopse
«Não existem dúvidas de que o Presidente da República pode lançar-se
numa campanha contra o Governo saído do sufrágio universal e directo, sem que
nada lhe aconteça no exercício do seu cargo. Actua contra o Governo como se
fosse líder da oposição. Pode fazer o que quiser sem que sofra consequências.
Pode e faz! Ora, é quase sempre fácil dizer mal do Governo, nomeadamente em
tempos de crise, e imagine-se o que significa ser o Presidente a fazê-lo.»
No livro, Santana Lopes defende que a melhor forma de acabar com os
conflitos entre Belém e S. Bento - que se repetem de Ramalho Eanes a Cavaco
Silva - é acabar com "o poder presidencial de demitir o Governo".
Uma tese que demonstra
que o ‘Pecado Original' do antigo líder do PSD merece ser lido, além de algumas
provocações que também encerra. Por exemplo, Santana lembra os tempos em que
foi primeiro-ministro e "o CDS fazia chegar a Belém recados a demonstrar
sentimentos contraditórios" sobre o Governo. Mais: o então Presidente da
República, Jorge Sampaio, "acabava sempre por proteger Paulo Portas e
desfazia-se em elogios sobre o seu trabalho com o ministro."
Qualquer semelhança com a
actualidade política deve ser pura coincidência.
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