Mudar o regime Servir Portugal

Manuel Beninger

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2006

Assembleia Municipal - Plenário: Fonte do Ídolo

ORDEM DE TRABALHO
PONTO Nº 3 - FONTE DO ÍDOLO

Ex.mo Senhor Presidente da Assembleia Municipal e Braga
Ex.mo Senhor Presidente da Câmara Municipal
Ex.mos Senhores Vereadores
Ilustres Deputados Municipais
Senhoras e senhores

O P.P.M. quer desde já felicitar o executivo socialista da Câmara Municipal de Braga pela sensibilidade que demonstrou com o património português ao recuperar e limpar o que “é considerado por muitos como o mais valioso monumento epigráfico da Península Ibérica”, palavras proferidas pelo adjunto do Presidente da Câmara de Braga.
Queremos saudar a celeridade deste executivo que apenas demorou trinta anos para a concretização desta obra. Ou seja: os filhos da liberdade, entenda-se os nascidos no Pós 25 de Abril, conseguiram finalmente constatar que a Fonte que diziam que existia, existia mesmo!!!
Mas falemos tão-somente da taxa moderadora.
O P.P.M. não é contra a fixação de uma taxa para a Fonte do Ídolo, mas acha completamente absurda a taxa de 1,55 €. Com uma taxa tão elevada vai torna-la visitável, apenas, por pessoas com menos de 14 anos e por professores das escolas que as leccionam.
Porquê isto?
Porque é numa destas situações que, segundo a proposta da C.M.B., a entrada é gratuita.
É uma taxa elitista. Se considerarmos o salário mínimo nacional como base de referência, então podemos considerar que são cerca de 15% do mesmo, para uma pessoa, num só dia.
Será aceitável?
Será assim que queremos defender e promover a nossa cultura?
A C.M.B. poderia efectuar uma taxa mais baixa para cada visitante e criar um pequeno livro explicativo sobre a Fonte do Ídolo, esse sim com um valor acrescentado, mas que seria opcional.
Tal como o Sr. Eng.º Mesquita Machado se insurgiu, e bem, com o exagero das portagens quer de Guimarães, quer de Esposende, deveria ser coerente e reflectir sobre a taxa que quer aqui aplicar.
Com 1,55 € torna-se mais apetecível para uma grande maioria de pessoas, tomar um café e comer um bolo, e mesmo assim ainda lhes sobram uns cêntimos para o café do dia seguinte.
Apesar da importância da Fonte do Ídolo, não se justifica atribuir tal valor. Até porque a ideia da Fonte do Ídolo não é a de ganhar dinheiro com ela mas sim a de mostrar uma peça de grande valor arqueológico a um maior número de pessoas.
Já diz o ditado sábio do nosso povo: “Vai-te ganho que me dás perda”.
Senhor Presidente da Câmara:
Mais vale colocar uma banquinha com livros sobre a cidade de Braga e seus monumentos, sendo essa a actividade lucrativa, do que taxar a fonte com preços tão elevados.
E por tudo isso, não contra a Taxa mas sim contra o valor da mesma, o P.P.M. votará contra neste ponto.

Tenho dito.

Manuel Beninger
Lider do Grupo Municipal do P.P.M. na Assembleia Municipal de Braga
24-02-2006