PICOTO - QUINZE ANOS DEPOIS
Com uma carga de grande benevolência, relatam os periódicos citadinos a sessão da Assembleia Municipal de Braga do passado dia 2 de Março.
Para o P.P.M., reduziu-se aquele acto, ao usual eco das palavras auto-elogiosas da edilidade socialista, a intervenções arrogantes, diríamos a roçar o despotismo do presidente da urbe, e à constatação que na Câmara Municipal de Braga, o Presidente da edilidade põe e dispõem a seu bel-prazer.
As intervenções do Eng.º Mesquita Machado na Assembleia Municipal de Braga não são próprias de um sistema parlamentar, mas tão-somente de um sistema para lamentar.
Acossada a maioria socialista sobre a aprovação de uma recomendação apresentada pelo P.P.M. na criação de um parque infantil, com as características similares ao parque infantil da Rua de Diu, até ao fim do mandato e em local escolhido pelo Executivo camarário, realça-se a afoiteza com que os ilustres representantes do Partido Socialista, declaram com ciência certa, que tais recomendações são “coisinha” de somenos importância, pois, “muito mais importante será a construção, planeada para o próximo ano, de um parque urbano para o monte do Picoto”.
Esquece-se o partido socialista, que o P.P.M. teve o condão de apresentar em comunicado de 13 de Julho de 1992 e publicada nos jornais da praça do dia seguinte, o embrião desta mesma proposta.
Escrevíamos na altura e reafirmamos nos dias de hoje que “o monte do Picote e áreas adjacentes, deveriam ser utilizadas na construção duma zona verde paisagisticamente atraente, onde se harmonizasse a ligação da natureza com a floresta de cimento e asfalto que hoje é a cidade de Braga”.
Advogávamos na altura “que se plantasse uma mata ajardinada, alias seguindo o exemplo que os nossos antepassados fizeram no sec. XIX no Bom Jesus, que ainda hoje é um ex-libris da cidade, dimensionando as áreas de lazer e repouso com a actual população da cidade”.
Dizíamos a concluir: “como agradeceriam as gerações vindouras, ao encontrarem bem perto do centro da cidade, uma mata de azevinhos, enquadrada por carvalhos e castanheiros, onde distante do bulício citadino se pudesse fazer jogging, ler um livro, ou tão simplesmente gozar o “frufru” das folhagens dessas espécies”.
Após quinze anos de espera, efectivamente o sonho torna-se realidade.
Preocupa-nos, não a critica por critica a essa instituição – o dever de reflectir o sentir o desejo dos munícipes –, mas o exemplo de incompreensão e incapacidade que esta Assembleia Municipal demonstrou.
Lamentavelmente, com estes prazos, teremos possivelmente que esperar mais quinze anos para que se efective a construção dos parques infantis propostos pelo P.P.M. na última Assembleia Municipal.
Manuel Beninger
Grupo Municipal do P.P.M.
na Assembleia Municipal de Braga
Com uma carga de grande benevolência, relatam os periódicos citadinos a sessão da Assembleia Municipal de Braga do passado dia 2 de Março.
Para o P.P.M., reduziu-se aquele acto, ao usual eco das palavras auto-elogiosas da edilidade socialista, a intervenções arrogantes, diríamos a roçar o despotismo do presidente da urbe, e à constatação que na Câmara Municipal de Braga, o Presidente da edilidade põe e dispõem a seu bel-prazer.
As intervenções do Eng.º Mesquita Machado na Assembleia Municipal de Braga não são próprias de um sistema parlamentar, mas tão-somente de um sistema para lamentar.
Acossada a maioria socialista sobre a aprovação de uma recomendação apresentada pelo P.P.M. na criação de um parque infantil, com as características similares ao parque infantil da Rua de Diu, até ao fim do mandato e em local escolhido pelo Executivo camarário, realça-se a afoiteza com que os ilustres representantes do Partido Socialista, declaram com ciência certa, que tais recomendações são “coisinha” de somenos importância, pois, “muito mais importante será a construção, planeada para o próximo ano, de um parque urbano para o monte do Picoto”.
Esquece-se o partido socialista, que o P.P.M. teve o condão de apresentar em comunicado de 13 de Julho de 1992 e publicada nos jornais da praça do dia seguinte, o embrião desta mesma proposta.
Escrevíamos na altura e reafirmamos nos dias de hoje que “o monte do Picote e áreas adjacentes, deveriam ser utilizadas na construção duma zona verde paisagisticamente atraente, onde se harmonizasse a ligação da natureza com a floresta de cimento e asfalto que hoje é a cidade de Braga”.
Advogávamos na altura “que se plantasse uma mata ajardinada, alias seguindo o exemplo que os nossos antepassados fizeram no sec. XIX no Bom Jesus, que ainda hoje é um ex-libris da cidade, dimensionando as áreas de lazer e repouso com a actual população da cidade”.
Dizíamos a concluir: “como agradeceriam as gerações vindouras, ao encontrarem bem perto do centro da cidade, uma mata de azevinhos, enquadrada por carvalhos e castanheiros, onde distante do bulício citadino se pudesse fazer jogging, ler um livro, ou tão simplesmente gozar o “frufru” das folhagens dessas espécies”.
Após quinze anos de espera, efectivamente o sonho torna-se realidade.
Preocupa-nos, não a critica por critica a essa instituição – o dever de reflectir o sentir o desejo dos munícipes –, mas o exemplo de incompreensão e incapacidade que esta Assembleia Municipal demonstrou.
Lamentavelmente, com estes prazos, teremos possivelmente que esperar mais quinze anos para que se efective a construção dos parques infantis propostos pelo P.P.M. na última Assembleia Municipal.
Manuel Beninger
Grupo Municipal do P.P.M.
na Assembleia Municipal de Braga