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Manuel Beninger

segunda-feira, 5 de março de 2007

Comunicado - PPM Braga: Picoto

PICOTO - QUINZE ANOS DEPOIS

Com uma carga de grande benevolência, relatam os periódicos citadinos a sessão da Assembleia Municipal de Braga do passado dia 2 de Março.
Para o P.P.M., reduziu-se aquele acto, ao usual eco das palavras auto-elogiosas da edilidade socialista, a intervenções arrogantes, diríamos a roçar o despotismo do presidente da urbe, e à constatação que na Câmara Municipal de Braga, o Presidente da edilidade põe e dispõem a seu bel-prazer.
As intervenções do Eng.º Mesquita Machado na Assembleia Municipal de Braga não são próprias de um sistema parlamentar, mas tão-somente de um sistema para lamentar.
Acossada a maioria socialista sobre a aprovação de uma recomendação apresentada pelo P.P.M. na criação de um parque infantil, com as características similares ao parque infantil da Rua de Diu, até ao fim do mandato e em local escolhido pelo Executivo camarário, realça-se a afoiteza com que os ilustres representantes do Partido Socialista, declaram com ciência certa, que tais recomendações são “coisinha” de somenos importância, pois, “muito mais importante será a construção, planeada para o próximo ano, de um parque urbano para o monte do Picoto”.
Esquece-se o partido socialista, que o P.P.M. teve o condão de apresentar em comunicado de 13 de Julho de 1992 e publicada nos jornais da praça do dia seguinte, o embrião desta mesma proposta.
Escrevíamos na altura e reafirmamos nos dias de hoje que “o monte do Picote e áreas adjacentes, deveriam ser utilizadas na construção duma zona verde paisagisticamente atraente, onde se harmonizasse a ligação da natureza com a floresta de cimento e asfalto que hoje é a cidade de Braga”.
Advogávamos na altura “que se plantasse uma mata ajardinada, alias seguindo o exemplo que os nossos antepassados fizeram no sec. XIX no Bom Jesus, que ainda hoje é um ex-libris da cidade, dimensionando as áreas de lazer e repouso com a actual população da cidade”.
Dizíamos a concluir: “como agradeceriam as gerações vindouras, ao encontrarem bem perto do centro da cidade, uma mata de azevinhos, enquadrada por carvalhos e castanheiros, onde distante do bulício citadino se pudesse fazer jogging, ler um livro, ou tão simplesmente gozar o “frufru” das folhagens dessas espécies”.
Após quinze anos de espera, efectivamente o sonho torna-se realidade.
Preocupa-nos, não a critica por critica a essa instituição – o dever de reflectir o sentir o desejo dos munícipes –, mas o exemplo de incompreensão e incapacidade que esta Assembleia Municipal demonstrou.
Lamentavelmente, com estes prazos, teremos possivelmente que esperar mais quinze anos para que se efective a construção dos parques infantis propostos pelo P.P.M. na última Assembleia Municipal.

Manuel Beninger
Grupo Municipal do P.P.M.
na Assembleia Municipal de Braga