Paulo Estêvão defende revisão constitucional e anuncia recandidatura
PPM QUER LEVAR A MONARQUIA PARA A ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA
DM Rui de Lemos – O Partido Popular Monárquico (PPM) continua empenhado em alterar a norma constitucional que impõe a forma republicana de Governo e quer desencadear um referendo sobre a monarquia. Mas quer mais. Quer conquistar o seu lugar na Assembleia da República, depois da representação parlamentar nos Açores.
O líder do PPM assegurou, ontem, em Guimarães, que o partido monárquico está a crescer e a conquistar a simpatia de cada vez mais populares. “Estamos numa fase de grande crescimento. No último mês entraram para o partido cerca de 100 militantes, o que significa um crescimento explosivo. Isto tem a ver com a crise económica e social e todas as polémicas que o país vive, sobretudo as questões judiciais. Há uma forte descrença e um acentuado descontentamento da população na situação actual. E há novamente um grande entusiasmo pela questão monárquica”, sublinhou Paulo Estêvão, ontem, à margem do Conselho Nacional e após a colocação de uma coroa de flores na estátua de D. Afonso Henriques, homenageando assim o fundador de Portugal. Enfatizando que “estamos a crescer bastante”, o dirigente apontou o desejo de, tal como nos Açores, “conquistar o nosso lugar na Assembleia da República, em coligações”.
Anunciando que vai voltar a candidatar-se à liderança do PPM, no próximo Congresso Nacional do Partido, a 23 e 24 de Outubro, Paulo Estêvão sustentou que lidera “um projecto de unidade, que integra todas as tendências”. Deputado no Parlamento dos Açores, o dirigente continua a propor-se “trabalhar para que tenhamos o sucesso que já tivemos no passado e temos nos Açores. Acho que é possível o partido regressar como uma forma política independente à Assembleia da República. É neste âmbito de grande unidade que me vou candidatar”, concretizou.
Numa altura em que se assinala o centenário da Implantação da República em Portugal e passam 102 anos sobre o regicídio do rei D. Carlos, Paulo Estêvão prometeu ainda, que o partido se empenhará “numa marcação cerrada” para contrariar as celebrações e mensagens republicanas, insistindo na necessidade de referendar a monarquia. “Defendemos a consulta à população que nunca foi realizada ao longo destes 100 anos. É assim a democracia, as pessoas votam e escolhem