Mudar o regime Servir Portugal

Manuel Beninger

domingo, 9 de janeiro de 2011

PPM/Braga promove jantar de reis para defender fim da República

Jornal "Diário do Minho" de 9 de Janeiro, pág. 5


PPM/Braga promove jantar de reis para defender fim da República

A estrutura bracarense do Partido Popular Monárquico defendeu ontem o fim da República, alegando que o regresso ao regime monárquico garantia aos portugueses uma maior representatividade democrática e custearia muito menos aos cofres públicos.

A ideia foi defendida pelo presidente da distrital de Braga e vice-presidente da direcção nacional do PPM, Manuel Beninger, à margem de um jantar de reis promovido pelos monárquicos de Braga. A confraternização, que decorreu numa unidade hoteleira do centro de Braga, contou com a participação de históricos do PPM como Gonçalo Ribeiro Teles, Fernando Sá Monteiro, Luís Coimbra, Fernando de Sá Menezes, o Coronel Agostinho Gama, Miguel Pignatelli Queiroz e Jorge Corte-Real.

Para Manuel Beninger, a “campanha suja e negra que está em curso contra Cavaco Silva”, a propósito da compra e venda de acções da Sociedade Lusa de Negócios, que era propriedade do Banco Português de Negócios, “demonstra que Portugal ficaria melhor servido com um sistema monárquico de representação democrática”.

“Um rei representa a nação. Por não ser eleito, por não ser escolhido apenas por alguns, ele é absolutamente livre de lóbis, de pressões, de grupos económicos e de interesses partidários. O rei representa todos os portugueses”, sustentou o líder distrital dos monárquicos bracarenses, que não deixou de confrontar o custo da monarquia espanhola com as despesa que representa para os contribuintes a Presidência da República portuguesa.

As contas feitas pelo monárquico deixam claro que a República portuguesa “custa muito mais” do que a monarquia espanhola. “O custo da monarquia, em Espanha, é de 19 cêntimos de euro por cidadão”. O custo da República em Portugal é de 1,58 euros por cada português”, refere, precisando que “o Governo espanhol transfere para a sua Casa Real 9 milhões de euros”, enquanto que “o Governo português transfere para a Presidência da República a verba de 16 milhões de euros”.


Monarquias lideram ranking da democracia

Sem esconder a sua aversão pelo caminho que tomou a pré-campanha presidencial, Manuel Beninger vinca que, “ao entrar pela via da calúnia e da difamação, apenas contribui para diminuir a figura do futuro chefe de Estado”. O dirigente distrital do PPM fez notar que isso não aconteceria num regime monárquico, uma vez que “o rei está acima das disputas partidárias”.

“Propomos, por isso, uma chefia de Estado independente, uma verdadeira arbitragem do jogo democrático, um verdadeiro poder neutral em relação às forças políticas, neutralidade essa que só pode ser adquirida através de uma educação especializada e pela hereditariedade”, defendeu Beninger, lamentando que o texto da Constituição da República portuguesa feche a porta à monarquia.

O vice-presidente nacional do PPM acrescentou, a propósito, que o PPM “tem vindo a exigir a alteração da Constituição, de modo a que seja possível referendar o regime de chefia de Estado, dando a escolher aos portugueses a opção entre Monarquia ou República”. Em seu entender, “o regime e a Constituição não são verdadeiramente democráticos, uma vez que apenas consagram a República como única opção de regime”, lamentou.

O monárquico sublinhou ainda que “o ranking dos dez países com melhores índices de desenvolvimento humano do mundo revela que os primeiros lugares são países monárquicos: Noruega, Suécia, Holanda, Austrália, Canadá e Japão”. Acrescentou Manuel Beninger que “também o “ranking” dos dez países mais democráticos do mundo é dominado por regimes monárquicos. “Este “ranking” apresenta, no primeiro lugar, a Suécia, que é uma monarquia. E dos dez países da frente, sete são monarquias, havendo apenas três repúblicas”, concluiu.